domingo, 16 de dezembro de 2012

poema do adeus.



Meu amor é um desrespeito.
Toda a energia que emano, é uma afronta.
Se eu não fosse eu, se soubesse ficar em silêncio,
Meu amor seria apenas um segredo

As trágicas imposições do século XXI
São tão agressivas quanto às antigas.
Romeu e Julieta, eu os entendo,
Todavia não sou nenhum de vocês.
Não precisarei de veneno

Meu amor é estricnina
Por isso que ninguém o quer.
Se eu o gritasse ao universo, os ratos morreriam.
A tristeza do fim da hipocrisia abateria uns tantos.

Meu amor tem a chave da antimonotonia
Todos teriam o que falar por anos e anos.
Meu amor é o remédio para as vidas vazias;
Todos ocupariam seus olhos e não precisariam olhar ao espelho
Meu amor é a revolução;
Ninguém a quer de verdade.

Amor proibido...
Não será vivido,
Virará poesia de se ler nas noites de insônia.
Talvez embale o romance de amantes do futuro.
Assim como eu, eles não entenderão porque não o vivi.
Alguns me julgarão, dirão que deveria ter tentado mais...
A estes, escrevo que a dificuldade existente,
Desmanchou meus braços fortes.
Eu fiz tudo que pude...

Recupero-me, aos poucos, do bombardeio de incertezas que vivi.
Repenso as falhas e chego à conclusão que, de qualquer forma, o final seria o mesmo.
Eu não o viveria!

Agora, vos pergunto:
Porque nasce no peito um sentimento fadado ao fracasso?

Meu coração virou triste, bate pouco, está desanimado.
Cansa rápido, quer se entregar.
Se o coração parar, o corpo morre.
E meu coração está em coma profundo.
 não há, na medicina humana, resposta para acordá-lo.

A entendo por não ter-me estendido a mão, por ter-me negado ajuda.
Mas meus pensamentos ainda são livres
E continuarão com ela.
Eles são pássaros e ninguém os prenderá
Eles voam a cidade em direção à janela dela, não sabem outro caminho.

O desespero é como o fogo: só se alastra se não o detemos.
Aprendi que eu sou o único bombeiro capaz de morrer por mim mesma.
Meu amor levou-me às fogueiras localizadas
Na cidade de Londres de outrora.
Estou queimando há tempos, todos passam, uns julgam, uns solidarizam-se,
Poucos tentam tirar-me do poste,
Porque somente eu posso desamarrar as cordas.

Meu amor é triste, solitário e não interessa a mais ninguém.
Não há um dia que passe em branco
As horas são cheias de cores cinza da fumaça

Estou longe do mar, o calor me derrota.
É na água que eu esfriarei minhas queimaduras, é longe daqui que me curarei.
Vou-me sem rumo, dizem, uns, que rumam ao inferno.
Eu rumo ao céu
Já não suporto mais a dor de queimar.

Eu ouvirei a voz dela uma última vez,
Levarei uma foto pra amenizar, com o conhaque, a saudade.
Adormecerei no asfalto do verão
Que ferve menos que vê-la sem poder tocá-la.

Vou-me embora e talvez não volte.
Se eu não voltar, pelo Porto Triste, voaram os resquícios do que eu senti.
Se eu voltar, voltarei forte, com outro nome e outra vida.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

esteja você aonde estiver...




A chuva e um tanto de tempo pra molhar
O vento que bate pra a gente se secar...