segunda-feira, 25 de março de 2013

o astronauta lírico na terra (como me sinto)






eu queria alguém como eu para me abraçar com a força que tenho em meus braços. 
que me protegesse e me permitisse um sono tranquilo. 
uma noite para dormir com os dois olhos fechados, esquecida do mundo. 
ouvindo o som das batidas arrítmicas de um coração tão louco como o meu. 
descansar sorrindo por saber que o dia nasceria pleno e completo. 
queria alguém para embalar como presente a minha fragilidade. 
que transmita - com os olhos - alguma vontade de viver 
e se uma tempestade formasse um tornado, viesse e desse a mão, oferecendo-me a luta e não o medo.

domingo, 17 de março de 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013


isso não é uma poesia de amor, é um apelo. não tenho mais tempo pra romantismo, não tenho lugar nesse mundo. sou motivo de piada, de deboche. quem escreve cartas de amor hoje em dia? quem acredita em algo? até o acreditar é fingido. sou sinônimo de loucura, de estranhismo. o respeito que há é mascarado, é forçado. eu quero uma cuspida na cara, uma ofensa, melhor que esses tapas nas costas, esse tratamento diferenciado. quem vai mudar minha vida? me fazer gostar dos domingos e do escuro. quem pode me mostrar algo incrível, inesquecível que eu leve comigo até o fim? eu não sou daqui! existe mais alguém nesse mundo que não é daqui? e se existe, existe alguêm que seja do mesmo lugar que eu sou? eu posso aprender a viver sozinha, mas não quero. que vida errada, meu irmão! eu achava que o importante era ser sentida e não percebi que sentir também é necessário. que dias esquisitos, que dias infinitos. repletos de gotas gigantes de chuva que só molham a mim. ah, eu sou ingrata, reclamo demais. eu não quero um câncer, eu quero amor. esse planeta só me deixará doente.






um domingo para sorrir.

domingo, 10 de março de 2013

ela veio,
fez sinal de silêncio
e falou, em voz baixa:

te encontra pra, então, me encontrar!

e desapareceu!

as cartas do tarot alimentam minha agonia
e loucura.

cadê você, que eu não conheço ainda,

pra salvar meu coração desse tormento?