sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Me sinto tão assim...
Tão na dúvida
Tão sem chão
Tão fora de mim
Tão maluca
Tão quieta tão pensativa
Tão explosiva
Tão...

Desprotegida pelo teu amor
Em momentos, não alcanço nem meu coração
Como te ver?
Como te crer?
Teus pés no chão me soam encenação
E aqui, agora, hoje, ontem
Eu preciso do real!
Minha imaginação cria pela gente
Sossega mas nem tanto
É cedo pro silêncio final
É tão tarde e afinal
O que queremos?

Vieste tão de repente
E intensamente como sempre, entreguei
Dancei teu ritmo
Apresentei o meu
Formamos algo
Que eu não sei nomear
As vezes te amo, as vezes repenso, as vezes não te quero
As vezes me lembro!
E nessa confusão
Já não imagino o sem, o fim, o adeus
Tens de mim o que sou: amor e loucura!
Tens de mim tudo que podes ter
E mais do que querias
Se rejeitas a roleta-russa da minha alma
Como terás paixão da minha carne?
Se arde a manhã no impulso do teu não
E a noite anuncia solução
Se, agora, quero e depois, torna-se tudo vão!
Se teu gemido invadiu tudo em mim
Fez uma aflição fez uma canção
E a poesia só se desenvolveu com teu empurrão
Se, as vezes, momentos, agora, agora, logo, depois, antes
E tudo é tão eterno e pouco, curto, longo
Amantes, amigos, flores, livros, contos da minha imaginação
Que se cria, se acaba, se revolta e grita tua quietação.

Amor vai de mim, sem eu ir junto
E me retorna mudo e eu que estou sempre aqui e não estou
Me mordo, me destruo
Nesse ritmo louco de te amar como ninguém te amou!

Thais Dornelles

SETEMBRO/2009

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