segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Impar

Dos amores que doem

De todos eles

Aquele que não toca

Que não deixa saber

Que parte

Nem provoca

Nem ofende

Não entende

Não bagunça

Aquele que nasce

Mas não brota

Feito flor mal cuidada

Que seca antes de florir

De todos os amores...

Ah, como falar de amor agora?

Eu, sozinha

Impar

Esperando um milagre

Quem sabe?

Olhando a cidade

Esperando que o amor dobre a esquina

Para que eu não possa mais vê-lo

Dizendo adeus ao sentimento

Que surgiu, sabe-se de onde

Não foi aproveitado

Não foi utilizado

Não foi necessário

Amor posto no lixo

Pra ser queimado

Nem reciclado, nem guardado

Amor rejeitado

De todos os amores

O que mais dói é esse

Que lateja sem sofrer

Que se deve esquecer

Sem esquecer!

Intransferível

Inútil

Amor nomeado

Que virou uma carta que não chega

Que se extravia

E ninguém sente falta!

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