domingo, 10 de maio de 2009

a lagarta e a borboleta

O que me importa estar no meio desse circulo
Se ele é vazio?
Eu não sou!
Eu não quero teu chocolate, nem tuas tortas doces
Gosto mesmo é do sal, do azedo, do tempero, do forte
De sentir meus olhos lacrimejarem de medo, de pavor, de ardência
Gosto do barulho da multidão e não de um silêncio que constrange
De olhares que procuram distração e não amor eterno
Eterna sou eu para mim, ora!
Tu passarás, ela também e virá outras e outros, quem sabe o que me aguarda
Eu não procuro saber
Então não dedique teu tempo que pode ser precioso
Tentando moldar meu destino com as tuas mãos
Me abrace, me agarre, mas não me sufoque!
Não me toque o tempo todo não me olhe como se eu fosse alguém especial
que não pode partir
Não sou e tenho que ir...não sei para onde
Tens que me ver como uma borboleta
Para ti e teus sonhos mirabolantes, não sou adequada
Até dos meus sonhos fujo não me adapto nem a mim mesma
Não sei o que quero mas não te quero sempre
Desculpa, nem a cortina do meu quarto eu quero sempre
Quero rosa, amarela, branca, vermelha, lilás
O amor só existe quando é amigo da paz
E não sou tranquila pousada em uma única flor
(por mais que ela seja a mais bonita do jardim)
Eu tenho asas e quando são cortadas, eu corro!
Minhas pernas são minhas!
Posso te enroscar em noites frias e torná-las quentes
Mas não conte com o meu calor para te esquentar um inverno enterno
sou bem capaz de esfriar teus desejos
Simplesmente, é assim!
Tudo é um momento e o meu amor dura o tempo de um beijo!

Thais Dornelles

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