me posto a escrever
por mim, só por mim
a dor deixa dormenta minha mãos
e eu repito, a cada segundo, que nunca mais
nunca mais...
quem dá isso hoje em dia?
a cachaça tá vazia
esse é último dia
maio venceu agosto
mais um inverno pra torturar meu corpo
não tenho nenhum escape, nenhuma vontade
se eu levantar amanhã, é porque meus ossos cansaram da cama
eu escrevi uma carta, um crime no século que vivo
nada é de graça aqui
mas eu não coloquei preço
mesmo assim, foi negado
eu não falo a lingua dos homens
tampouco a dos anjos
foi com o vento e veio com o frio
essa tristeza que ultrapassa o amor
alcança o existencial
que me adianta estar aqui?
está acabando a carteira do cigarro
e o tempo de sofrer por ti.
AMANHA VAI SER OUTRO DIA...
Nenhum comentário:
Postar um comentário