quinta-feira, 16 de maio de 2013

foi

me posto a escrever
por mim, só por mim
a dor deixa dormenta minha mãos
e eu repito, a cada segundo, que nunca mais
nunca mais...

quem dá isso hoje em dia?
a cachaça tá vazia
esse é último dia

maio venceu agosto
mais um inverno pra torturar meu corpo
não tenho nenhum escape, nenhuma vontade

se eu levantar amanhã, é porque meus ossos cansaram da cama

eu escrevi uma carta, um crime no século que vivo

nada é de graça aqui
mas eu não coloquei preço
mesmo assim, foi negado

eu não falo a lingua dos homens
tampouco a dos anjos

foi com o vento e veio com o frio
essa tristeza que ultrapassa o amor
alcança o existencial

que me adianta estar aqui?

está acabando a carteira do cigarro
e o tempo de sofrer por ti.

AMANHA VAI SER OUTRO DIA...

Nenhum comentário:

Postar um comentário